Uma crise instaurada entre os membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do núcleo de São Gonçalo do Amarante está dividindo e confundindo a categoria. A disputa dos dois grupos deixou de ser uma questão interna e passou a ser pública. Uma prova disso foi a divulgação de uma carta aberta, que está sendo distribuída por integrantes da Corrente Proletária na Educação/POR.
Os representantes desta corrente ganharam a última eleição ao lado do PSTU, mas agora, através de um panfleto, estão fazendo várias críticas a atual direção do Sinte/São Gonçalo. Uma das críticas contidas na carta aberta é sobre a postura adotada pela diretoria do PSTU. Um dos trechos diz “A postura hoje tomada pela direção do PSTU/INDEPENDENTES é pior que qualquer burocracia que conhecemos. Esse grupo se nega a organizar a luta, mas adora um privilégio”.
O panfleto ainda insinua que a atual gestão do Sinte não tem poder de mobilização, quando escreve “Queremos uma direção que não recue da luta, que não apareça nas escolas só para colocar cartazes como fazia a direção anterior. Queremos uma direção com espírito de luta, de defesa da escola pública, que acredite na força da categoria para derrotar os governos. Não entramos em uma chapara para trocar de burocracia”.
Um trecho da carta aberta insinua também que a direção do Sinte não é transparente por que não está cumprindo uma proposta de campanha que era fazer a prestação das contas para os trabalhadores. As despesas com a mobilização são questionadas. “Nós da Corrente Proletária mobilizamos todas as escolas nos turnos matutino e vespertino (zona rural e urbana), registramos e pedimos para que um funcionário assinasse comprovando que estivemos mobilizando, entregando o PCCS, e o gasto total de taxi foi de R$ 271, que equivale a 271 km. Um coordenador recebeu do Sinte um valor de R$ 538 referente a mobilização feita em seu próprio carro. Se ele mobilizasse todas as escolas no dois turnos, por dois dias, ainda não daria esse valor”. Relata o panfleto.
As desconfianças da Corrente Proletária sobre o uso do dinheiro pelos diretores do Sinte são colocadas em forma de questionamentos. “Quais as escolas que foram mobilizada por ele (coordenador)? Por que se nega, junto com o PSTU, a registrar as mobilizações feitas? Como tem sido paga a alimentação dos diretores? Por que não foi encaminhado até hoje a comissão de investigação das contas do sindicato na gestão anterior?
Os integrantes da Corrente Proletária finalizam a carta aberta declarando que não aceitam ser confundidos com a burocracia da atual direção do Sinte e que renunciam ao mandato, mas que continuam na luta para combater os desvios burocráticos da atual direção do PSTU/Independentes do Sinte de São Gonçalo.
terça-feira, 23 de março de 2010
* Crise interna provoca racha no Sinte de São Gonçalo.
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